MPT atua no combate à discriminação de gênero nas relações de trabalho

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Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, foi acordado que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”. A data é uma homenagem às operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York que, no dia 8 de março de 1857, ocuparam o local reivindicando melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de jornada diária), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que acabou sendo incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, em um ato totalmente desumano. Apesar de já ser comemorada, somente no ano de 1975, por um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Na luta pela igualdade de direitos, o Ministério Público do Trabalho criou, em 28 de outubro de 2002, a Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade) que atua na definição de estratégias coordenadas e integradas no combate à exclusão social, à discriminação no trabalho, à violação da intimidade do trabalhador e às práticas abusivas ligadas ao assédio moral ou sexual, fomentando a troca de experiências e discussões sobre o tema e, também, a atuação ágil onde seja necessária a presença do MPT.

Também é um dos objetivos da Coordigualdade o de promover o questionamento dos procedimentos organizacionais de contratação e ascensão funcional de empresas de portes médio e grande, com a intenção de combater a discriminação racial e de gênero no âmbito das relações de trabalho.

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