Empregados da Geoquasar vão receber o pagamento de verbas rescisórias devidas

MPT ajuizou ação na Justiça do Trabalho para garantir os direitos dos trabalhadores

Os funcionários da empresa Geoquasar Energy Solutions Participações LTDA, contratada pela HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo LTDA para prestar o serviço de levantamento de até 1550 km de dados sísmicos de reflexão terrestre 2D nos blocos na bacia do Solimões, no Amazonas, receberão diretamente na conta corrente o pagamento das verbas rescisórias devidas e não pagas até então, em razão do término de contrato de prestação de serviços.

A decisão foi acordada em audiência realizada  na 11ª Vara do Trabalho de Manaus, nos autos da Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), onde o órgão ministerial solicita o pagamento das verbas rescisórias pendentes de, aproximadamente,  quinhentos (500) trabalhadores da Geoquasar, bem como o cumprimento de obrigações referentes a legislação trabalhista.

Em dezembro de 2013, a Justiça do Trabalho determinou que a HRT O&G depositasse o valor devido a Geoquasar de, aproximadamente, seis milhões de reais, já recolhidos em juízo, a fim de quitar os débitos trabalhistas. A transferência bancária dos valores devidos deverá ser realizada diretamente para a conta corrente de cada empregado prejudicado.

Entenda o caso
Após denúncia recebida pelo Ministério Público do Trabalho sobre o não pagamento das verbas rescisórias dos funcionários  da empresa Geoquasar, o MPT ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) em face da mesma e, também, da empresa HRT O&G, que havia contratado os serviços da Geoquasar, solicitando o pagamento das verbas rescisórias pendentes de quase 500 trabalhadores, o cumprimento de obrigações da legislação trabalhista e, ainda, o pagamento de indenização a título de dano moral coletivo no valor de aproximadamente 2,6 milhões de reais.

A Justiça do Trabalho concedeu o pedido liminar requerido pelo MPT, em dezembro de 2013, obrigando a HRT O&G depositar os valores para o pagamento dos funcionários e a Geoquasar a quitar as verbas rescisórias de seus ex-empregados nos prazos da CLT; As emnpresas ficaram obrigada, ainda, a efetuar o depósito na conta vinculada de cada trabalhador do percentual relativo ao FGTS até o dia 7 do mês subsequente ao da prestação de serviços e, ainda, pagar integralmente a remuneração de seus trabalhadores até o 5º dia útil do mês seguinte ao da prestação laboral, sob pena de multa diária de 10 mil reais, caso descumprisse as determinações.

A próxima audiência referente à ACP está marcada para o dia 20 de março de 2014.

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OGMO de Manaus firma Termo de Ajustamento de Conduta perante o MPT

Medida foi resultado da força-tarefa de fiscalizações portuárias iniciada no último dia 18, pelo MPT e SRTE/AM

O Órgão Gestor da Mão de Obra (OGMO) de Manaus, responsável pela regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor portuário, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) perante o Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) se comprometendo em ajustar as irregularidades identificadas durante uma força-tarefa de fiscalização aos portos privados de movimentação de cargas, em Manaus, nos dias 18 e 19 de fevereiro último.

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Ação do MPT obriga MAGSCAN a cumprir leis trabalhistas

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) conseguiu sentença favorável em ação civil pública ajuizada na 17ª Vara do Trabalho de Manaus, em face da empresa MAGSCAN – Clinica de Imagenologia de Manaus LTDA.

A Clínica de Radiologia e Imagem deve, agora, de acordo com a decisão judicial, promover o pagamento dos salários no prazo estabelecido pelas leis trabalhistas. A MAGSCAN, também, está proibida de exigir dos seus empregados jornada de trabalho superior à oito horas diárias e, em caso de hora extra, os trabalhadores não poderão ultrapassar o limite diário de duas horas.

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MPT realiza nova fiscalização nos galpões das escolas de samba de Manaus

Ao término das ações ficais, que devem durar toda a semana, será avaliada a possível liberação das verbas de patrocínio retidas

O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), realizou na tarde desta segunda-feira, 24, uma fiscalização surpresa nos galpões das escolas de samba do grupo especial, em Manaus. A inspeção teve como objetivo avaliar a possível liberação do percentual de 5% a 20% dos recursos de patrocínio das escolas de samba, retidos, pelo MPT, em razão da não observância de normas de saúde e segurança do trabalho.

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MPT cobrará na justiça que porto Chibatão cumpra com Normas de Segurança

Uma força tarefa nos portos privados de Manaus constatou irregularidades que põem em risco a vida dos trabalhadores



O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), por meio dos procuradores do trabalho Andrea da Rocha Carvalho Gondim, coordenadora no Amazonas da Coordenadoria do Trabalho Portuário e Aquaviário (CONATPA), César Henrique Kluge da Procuradoria do Trabalho no Município de Boa Vista (Roraima/11ª Região), Paulo Douglas Almeida de Moraes da Procuradoria Regional do Trabalho no Mato Grosso do Sul (24ª Região) e Raulino Maracajá da Procuradoria do Trabalho no Município de Campina Grande (Paraíba/13ª Região) realizaram nesta terça e quarta-feira (18 e 19), uma força tarefa em portos privados de movimentação de cargas, em Manaus.

As fiscalizações realizadas em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM), com os Auditores Fiscais Francisco Edson Ferreira Rebouças  e Marcelo Menezes de Souza Lima, tiveram como objetivo verificar o cumprimento dos Termos de Ajuste de Conduta (TAC) firmados com o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), o Porto Chibatão e com o Superterminais, no que diz respeito as condições de saúde e segurança do trabalho, e, também, a apuração in loco de denunciadas trabalhistas feitas pelos próprios Trabalhadores Portuários Avulsos (TAP).



O primeiro lugar inspecionado foi o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO  - entidade sem fim lucrativo que atua na regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor Portuário que tem caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante), localizado na rua Travessa Vivaldo Lima, 25, Centro, zona Sul de Manaus. Segundo a procuradora do Trabalho Andrea Gondim, as principais irregularidades constatadas estão na escalação de trabalhador e inadequação de vestiários e banheiros. “Foi constatado o descumprimento da escalação rodiziária, ou seja, existe preterição e beneficiamento de trabalhador, e escolha de função pelos trabalhadores portuários sem a punição adequada. O grupo móvel encontrou também a existência de banheiros inadequados e vestiários sem estrutura para os trabalhadores”, afirmou a procuradora.



Já no Porto do Chibatão, localizado na rua Zebu, 201, bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul, a situação encontrada pelos procuradores e auditores fiscais do Trabalho foi alarmante. Sinalização vertical e horizontal deficiente, asfalto do píer precário ou quase inexistente, trabalhadores sem registro em carteira e falta de manutenção em guindastes e lanças.



De acordo com o auditor fiscal do Trabalho Marcelo Lima, a falta de manutenção das máquinas põem em risco a vida dos trabalhadores. “O Porto do Chibatão encontra-se em situação precária. Na parte superior dos guindastes, por exemplo, encontrou-se o acúmulo de uma grande quantidade de óleo nas escadas de acesso dos trabalhadores. Em função da chuva e durante a movimentação da máquina, essa substância se acumula na parte interna e, como não há manutenção preventiva, esse óleo escorre com a movimentação do guindaste, o que gera um risco de queda para os trabalhadores”, explicou o auditor.

O Ministério Público do Trabalho deverá ajuizar uma ação civil pública (acp) para pedir na justiça que o porto Chibatão cumpra com as normas de segurança previstas, caso o Porto não comprove as correções das irregularidades até o dia da audiência administrativa, marcada para esta quinta-feira.

“Como o Chibatão já tinha firmado um Termo de Ajuste de Conduta perante o MPT, nós vamos pedir a execução da multa estipulada nos TAC´s firmados em relação às condutas nele previstas e ainda ajuizar a acp, cobrando a manutenção nos guindastes, a iluminação noturna e a sinalização das boias salva vidas. Se um trabalhador cair na água a noite, por exemplo, ele não será visto, porque a bóia não tem sinalizador”, justificou Andrea.



O Porto fiscalizado nesta quarta-feira, 19, foi o Superterminais. Problemas pontuais como banheiros  sem água e sem iluminação e em quantidade insuficiente para atender cerca de 80 trabalhadores que estavam fazendo o carregamento e descarregamento em dois navios enquanto aconteceu a fiscalização. Audiências administrativas estão marcadas para esta quinta e sexta-feira onde os procuradores ouvirão os envolvidos e tentarão dar uma solução para os problemas encontrados.

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